No silêncio das horas:
Sou tudo o que nunca foi dito!
Situo-me entre o fim e o início
do que agora jaz...
da pausa eterna entre as palavras.
Paralisado em meu próprio gesto,
corrompido por minha própria pulsação.
Sou herdeiro de todos os medos,
de todos os males,
de todas as lástimas.
Escravo de um outro destino,
coadjuvante de minha própria história.
Meus dias começam...
meus dias terminam...
no intervalo curto
de uma lágrima.
Meus olhos procuram imagens,
esmiuçando detalhes
até que as sombras
se coloquem sobre mim
como uma concha.
E só o que me resta
é prosseguir nas sombras
concebendo perguntas
que ninguém pode responder.
[Curitiba, 29.10.2004 - 02:50]
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)

Nenhum comentário:
Postar um comentário