sexta-feira, 23 de abril de 2010

Mãos

Dor que me mata...
Fé que me escapa
por entre os dedos das mãos
que pousam perdidas
procurando em si,
nas linhas do destino,
vestígios de alguma face...
Detalhes que se encontram
e que se esquivam
como quem sabe,
mas finge não saber...
Talvez só para fugir da verdade
que assombra, que condena,
que marca uma sombra serena
no leve desespero de quem sabe,
mas não sabe...
E que não deixa de lembrar,
mesmo sabendo que é preciso,
porém inútil, esquecer...

[Maringá, 04/09/2000]

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